Representantes do governo, do mundo empresarial e da comunidade científica apresentarão amanhã, dia 17, às 20h30, em Brasília, a "Iniciativa Nacional para Inovação", que tem o objetivo de promover a inovação como novo paradigma de competitividade no País. O lançamento do projeto será realizado durante a 3ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que ocorrerá nos dias 16, 17 e 18 de novembro, no Hotel Blue Tree, na capital federal.
No lançamento, cada representante vai expor os objetivos e as necessidades de seus setores para estabelecer a atividade inovativa como prática nas empresas brasileiras. Como resultado, será produzida uma carta de intenções, que será levada ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao Senado Federal e demais órgãos competentes. Participam da mesa o ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, o diretor-presidente da Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, o presidente da ABDI, Alessandro Teixeira, um representante da Academia Brasileira de Ciência e um representante do Movimento Brasil Competitivo.
Segundo o secretário-geral da Conferência, Carlos Alberto Aragão, para o País estabelecer a inovação como novo paradigma de competitividade nas empresas, é necessário desenvolver três pilares: os recursos humanos, o financiamento e o arcabouço institucional. O objetivo da "Iniciativa Nacional para Inovação" é justamente identificar necessidades e propostas para redirecionar os setores industriais do País para a inovação. Aragão defende ainda o desenvolvimento de uma cultura inovadora no País. Para isso, diz ele, é necessário um conjunto de ações que envolvam a familiarização do estudante universitário com o empreendedorismo, o incentivo à inovação e a promoção de encontros regulares para a discussão de questões importantes para o desenvolvimento de CT&I. "A cultura de inovação é fundamental para o País, porque a diferenciação do produto, por meio de agregação de valor, que é o conhecimento, garante a competitividade das indústrias. Hoje em dia, não basta gerir bem. É preciso inovar", afirma Aragão.
Pesquisa da Fiesp, realizada no mês passado, mostra que as empresas de São Paulo estão investindo principalmente em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Das atividades inovativas promovidas pelas empresas, 94% referem-se à desenvolvimento de P&D internamente. Os investimentos em inovação visam principalmente o aumento de participação ou penetração em novos mercados. Ou seja, é uma forma de se preparar para enfrentar a concorrência, mantendo ou aumentando a participação no mercado. O alto custo de aquisição de novos equipamentos e a falta de recursos financeiros próprios são os maiores obstáculos à inovação.
Além do lançamento, o tema inovação também será abordado em debates durante os outros dias da Conferência. No dia 17, às 11h30, haverá uma plenária sobre o tema com o presidente da Gradiente, Eugênio Staub, e o prêmio Nobel de Química no ano 2000, professor Alan McDiarmid. A partir das 14h, o debate será sobre "Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) nas Empresas", e às 16h, o tema será "Globalização de P&D".
Lançamento da Iniciativa Nacional para Inovação
Dia: 17 de novembro, quinta-feira
Local: Hotel Blue Tree Park, Brasília
Horário: 20h30
Informações:
Berta Marchiori - berta@informe.jor.br
Giovana Perfeito - giovana.perfeito@informe.jor.br
Maurício Athayde - mauricio@informe.jor.br
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