10/11/2010

Jornal Valor Econômico entrevista o Presidente do Ceitec


Um dos principais objetivos da criação da CEITEC como empresa pública era impulsionar a indústria de semicondutores, e por consequência, toda a cadeia de eletrônicos no Brasil. O que essa iniciativa tem de diferente em relação a outras tentativas nessa direção já realizadas no país?

O ambiente econômico e a estratégia governamental são bastante diferentes neste momento do que foram no passado. De um lado, o crescimento econômico impulsiona a demanda interna por componentes eletrônicos a um ponto crescentemente insustentável em nosso balanço de comércio exterior. O Brasil, com sua base industrial diversificada e sofisticada, necessita ter uma indústria nacional de componentes eletrônicos. De outro lado, a estratégia do governo de formar recursos humanos na área de projetos (Programa CI-Brasil, "design houses"), a atuação agressiva da FINEP e BNDES no estímulo à inovação, o lançamento de grandes programas nacionais demandantes de CI’s dedicados (Plano Nacional de Banda Larga, Rastreabilidade Animal, Identificação Veicular, etc...) e os investimentos na CEITEC S.A. compõem um conjunto de ações diversificadas, mas que se somam para viabilizar a empresa. Esta tem, acima de tudo, o objetivo de demonstrar para o investidor privado que o Brasil tem condições de projetar, fabricar e comercializar com sucesso circuitos integrados. Pelo fato de estar na ponta mais distante do mercado da cadeia produtiva de componentes semicondutores e, portanto, na de maior risco tecnológico e comercial, entende-se a relutância do investidor privado de entrar neste segmento. Por isso, justifica-se a atuação do Estado, para demonstrar a viabilidade técnica e comercial de um empreendimento industrial na área.

Após quase dois anos do estabelecimento da CEITEC como empresa pública, qual é o balanço que o senhor faz da organização? Quais foram os avanços efetivos proporcionados pela empresa?

Encontramos uma empresa com uma equipe técnica de excelente nível, com uma escolha muito adequada de plataformas tecnológicas de desenvolvimento, e com bons projetos em andamento. Sob esses aspectos, nada a reparar. Mas, por falta de experiência na gestão do setor estatal, a empresa estava encontrando dificuldades para avançar em seu programa de trabalho. Nossa primeira preocupação tem sido a de colocar o empreendimento "nos trilhos" sob o ponto de vista da gestão. Isto é relativamente fácil, pois tecnicamente a empresa está muito bem. Uma vez equacionada satisfatoriamente sua gestão, os resultados começarão a aparecer.

Em contrapartida, o cronograma do projeto apresenta alguns atrasos. Segundo o ministro Sérgio Rezende, o senhor participou de uma comissão que ficou responsável por fazer um raio x do projeto. Quais foram as principais conclusões levantadas por essa comissão? Quais são os pontos que pouco avançaram no período e por que isso aconteceu?

A Comissão fez duas constatações principais. A primeira foi extremamente positiva: a importância do projeto e a qualidade, comprometimento e dedicação da equipe. A Comissão concluiu que o elemento essencial para o sucesso de uma empreitada complexa como esta, uma equipe profissional de alto nível trabalhando em bons projetos, existe. A segunda foi um sinal de alerta: a estratégia de negócios e a gestão da empresa mereceriam uma reavaliação. O Ministro reagiu prontamente, nomeando um Diretor Administrativo com experiência do setor estatal para a empresa, o Eng. Roberto Andrade, e subseqüentemente, houve a troca de CEO e de posicionamento estratégico da empresa. O Ministério e o Conselho de Administração determinaram que o foco estratégico da empresa deva ser o projeto e fabricação de circuitos integrados, evitando-se a verticalização das atividades, isto é, o desenvolvimento de produtos utilizando os CI’s da empresa. Com esta decisão, a empresa deve ganhar eficiência e evitar concorrer com o setor privado onde este já atende às demandas do mercado. Seguindo essas diretivas, estamos procedendo a uma revisão da estrutura da empresa. Quanto às dificuldades enfrentadas no passado, são aquilo que chamamos de "as inevitáveis dores do parto" de um empreendimento complexo e inédito no País. Não adianta perder tempo com o passado. Nossa preocupação é construir o futuro da empresa em bases sólidas. No decorrer dos próximos meses, iremos anunciando as medidas que forem sendo tomadas.

Uma das questões críticas alegadas pelo ex-presidente da CEITEC, Eduard Weichselbaumer, é a burocracia, que dificulta o desenvolvimento de um setor que demanda agilidade e inovação. Até que ponto esses fatores contribuíram efetivamente para dificultar o desenvolvimento das atividades da empresa? Como o senhor está trabalhando essa questão?

A burocracia existe, inegavelmente, e é um fator enorme de atraso do País e não apenas de empreendimentos como a CEITEC. Não pela burocracia em si, pois nenhuma sociedade moderna pode existir sem burocracia, mas pela desorganização dos marcos legais e infra-legais, e a conseqüente insegurança jurídica que isto gera para o gestor público e, como todos sabemos, também para o gestor privado. Porém, a burocracia tem as costas largas e termina levando a culpa de tudo, até quando o problema é de gestão inadequada. Isto não é uma crítica à administração anterior, que foi escolhida sem nenhuma interferência política, de acordo com as melhores práticas internacionais. Faltou-lhe, compreensivelmente, conhecimento da realidade da gestão estatal brasileira. Então, vamos começar atacando este desafio naquilo que está sob nosso controle: a gestão. Já iniciamos entendimentos com o Movimento Brasil Competitivo para nos ajudar a reprojetar a empresa "da cabeça aos pés". Com a ajuda de consultores especializados e de técnicos conhecedores do setor público, queremos construir o melhor modelo de gestão possível para a CEITEC. Este não é um trabalho que se fará em poucas semanas, mas acreditamos que dentro de um ano estará concluído. Teremos uma empresa muito mais ágil e eficiente. Uma de nossas principais metas é a transparência de sua governança corporativa.

Quais fatores contribuíram para que o senhor aceitasse o desafio de comandar esse projeto?

Aceitei o desafio de assegurar o processo de transição da empresa até o início do próximo governo, como uma missão dada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, ao qual estive ligado profissionalmente por muitos anos. Acredito que o Brasil deva ter uma indústria de microeletrônica nacional e a CEITEC SA representa uma grande oportunidade para que isto aconteça.

De que maneira sua trajetória e sua experiência podem contribuir para corrigir a rota da CEITEC e acelerar o projeto?

O trabalho necessário é de toda uma equipe e não de um indivíduo. Estou satisfeito em estar trabalhando com pessoas competentes, motivadas e comprometidas com uma visão estratégica do País.

Qual é o balanço que o senhor faz desses primeiros meses à frente da empresa? Quais foram as suas prioridades nesse primeiro instante?

Como disse, encontramos aqui os elementos essenciais para o sucesso do empreendimento: equipe excelente e bons projetos. A prioridade tem sido a gestão da empresa. Engessada como estatal dependente, suas chances de sucesso são poucas, infelizmente. Porém, temos todo o apoio do Ministro e do Conselho de Administração para proceder a um reprojeto da empresa, com a ajuda de especialistas e consultores, inclusive o Movimento Brasil Competitivo. É isto que queremos: uma CEITEC SA competitiva no Brasil e no mundo. É um desafio fantástico e a resposta que temos tido não poderia ser mais positiva. Todos com quem falamos querem nos ajudar a concretizar este grande projeto.

Quais são os próximos planos da CEITEC?

Primeiro, colocar a fábrica em funcionamento. As etapas para isso estão sendo vencidas e acredito que o cronograma de entrada em operação da linha de produção até o final de 2011 é bastante realista. Segundo, acelerar o cronograma dos projetos atualmente em desenvolvimento, a fim de que a empresa possa entrar no mercado o mais rapidamente possível.

Temos insistido muito na necessidade da empresa construir plataformas tecnológicas reutilizáveis em linhas de produtos e em suas sucessivas gerações, para atender a mercados distintos com custos menores de
overhead de desenvolvimento. Isto implica em focar as equipes técnicas para subir curvas de aprendizado rapidamente, ganhando competitividade. Implica, também em, no início, fechar o leque de alternativas possíveis para melhor aproveitar os recursos da empresa, que serão sempre escassos.

Quais são os principais desafios para que a CEITEC cumpra seus objetivos e se torne competitiva no mercado global?

Gestão, gestão e gestão. A empresa está muito bem localizada, com duas grandes Universidades na sua vizinhança imediata, que têm contribuído para a formação de recursos humanos de alto nível, para o desenvolvimento de projetos cooperativos, e para o ambiente intelectual indispensável para uma indústria de alta tecnologia. O ambiente empresarial do Rio Grande do Sul é muito dinâmico e a empresa conta com apoios políticos importantes. Finalmente, como ponto focal de uma política de governo, a empresa está em uma posição privilegiada para alavancar seu sucesso comercial. Na minha opinião, equacionados satisfatoriamente os desafios da gestão, a empresa tem tudo para dar certo.

Já existe uma projeção de tempo para a empresa ser auto-sustentável? Há planos para abertura de capital?

Para a amortização dos investimentos de capital realizados, o prazo é longo e, realisticamente, talvez nunca seja atingido. Esta é uma das razões, aliás, pelas quais o setor privado não investe nesta indústria no momento. Para a sustentabilidade operacional, estimo de 5 a 7 anos, como para qualquer outra empresa nascente de alta tecnologia. Quanto à abertura de capital, isto é uma questão prematura. O essencial é ter uma governança corporativa transparente, uma gestão eficiente, uma equipe de alto nível e bons projetos, e um faturamento saudável.

Quais projetos já foram entregues pela CEITEC?

Entregamos em maio de 2009 um lote de 15 mil chips de controle eletrônico de equipamentos feitos para a Altus, de São Leopoldo. Além disso, temos a geração 1 do Chip do Boi, cujos testes de campo se encerram em dezembro. Mas, estes projetos são uma herança da Associação CEITEC, que antecedeu a empresa. A CEITEC SA ainda precisa mostrar a que veio. Este é o desafio dos próximos anos.

Em que estágio estão os seguintes projetos: Chip do Boi, Chip do Sangue, Rastreamento de Veículos/Denatran e Passaporte Eletrônico/Casa da Moeda? Quais os próximos passos dessas iniciativas e existe uma data prevista para a comercialização dessas soluções?

Essas informações são estratégicas para os negócios da empresa e não pretendemos revelá-las. Preferimos ir anunciando os resultados concretos obtidos no decorrer do tempo do que falar do que estamos fazendo ou pretendemos fazer. Podemos anunciar, entretanto, que em 2011 iremos comercializar a geração 2 do chip do boi. Já temos compromissos com empresas de rastreabilidade animal de fornecer-lhes amostras de engenharia para o desenvolvimento de seus produtos. Queremos essas empresas como nossas clientes. O chip do sangue deverá estar no mercado em 2012. Temos uma aliança estratégica com a Hemobrás, mas queremos também envolver o setor privado, com o qual já iniciamos conversas. A rastreabilidade veicular e os chips de identificação colocam desafios tecnológicos muito maiores e ainda estamos estudando nossas alternativas de modelos de negócio e de construção de plataformas tecnológicas. Temos um acordo de cooperação com a Casa da Moeda, que é importante para nossa entrada no mercado de identificação pessoal.

Mas, a empresa estará no mercado de rastreabilidade para liderar. Em novembro, com a colaboração da USP, do Instituto de Tecnologia de Software, da Perception e da revista Banco Hoje estamos organizando em São Paulo um seminário sobre o tema "
Tag and Trace", cujo objetivo é precisamente o de apresentar alguns dos planos da CEITEC SA para o mercado e, igualmente, conhecer melhor as necessidades desse mercado no Brasil.

Que outros projetos estão sendo desenvolvidos nas seguintes áreas: RFID, Comunicação sem Fio e Multimídia Digital?

Mais do que projetos, o foco da empresa nessas áreas é a construção de plataformas tecnológicas reutilizáveis em várias linhas de produtos. É claro que isto se faz com base em projetos concretos, mas esses projetos estão sendo selecionados por seu potencial de alavancar a construção dessas plataformas. O segmento de RFID, ao qual já me referi, é promissor e a empresa está apostando fortemente nele. Os outros segmentos estão tratados na próxima resposta.

De que maneira a CEITEC pode contribuir para a evolução de iniciativas como a TV Digital e o Plano Nacional de Banda Larga? O senhor destacaria alguma ação efetiva já em curso nesses dois campos?

Componentes eletrônicos para a TV digital têm grande mercado potencial, mas, ao mesmo tempo, enormes barreiras de entrada. Então, nossa estratégia de negócio é realizar desenvolvimentos conjuntos com grupos externos, por exemplo com o Centro de Pesquisa em Tecnologias Wireless – CPTW - da PUC-RS, a fim de mantermos uma posição na tecnologia, mas nos movermos com cautela do ponto de vista de negócios. O que nos interessa na tecnologia da TV digital é principalmente o conhecimento embutido nos chips. Este conhecimento é essencial para a plataforma tecnológica de outros produtos que queremos desenvolver.

Para o PNBL, com apoio do BNDES e em parceria com o CPTW/PUC-RS, estamos projetando o chip para o sistema WiMAX. Porém, se trata de um desenvolvimento complexo, que vai requerer cerca de 3 anos e ainda não temos uma visão clara do futuro deste mercado. Mas, queremos nos posicionar com a plataforma tecnológica e o produto para estarmos preparados para a demanda projetada. Para tanto, temos dialogado com o CPqD e o Consórcio WxBR, parceiros também do PNBL, a fim de manter nossos esforços de desenvolvimento focados em componentes que interessem ao mercado.

Quantos profissionais trabalham hoje na CEITEC. Como esse quadro está dividido pelas áreas da empresa (design house, administrativo, etc.).

Atualmente somos 112 profissionais, divididos da seguinte forma:
Design: 52
Fábrica: 27
Administrativo: 31
Diretoria: 2

Qual a previsão para o início de operação da fábrica? O que falta para que isso aconteça?

Já me referi anteriormente a este ponto. Final de 2011 é uma expectativa realista para início da operação da fábrica. Para que isto aconteça, temos de concluir as obras de infra-estrutura das salas limpas, instalar as ferramentas de produção, testá-las e colocá-las em operação, e transferir a tecnologia de produção, que está sendo negociada com a X-Fab, da Alemanha. Completar todo o processo de transferência de tecnologia, entretanto, demandará mais tempo, de modo que a plena operação da fábrica ainda pode tomar mais um ou dois anos, dependendo dos eventuais problemas que poderemos encontrar, como em qualquer outro empreendimento pioneiro. Isto não é um obstáculo para que iniciemos logo a produção local de chips, ainda que nem todas as etapas sejam realizadas aqui já em 2011.

Qual será a capacidade de produção da fábrica e a expectativa de produção para 2011 e os próximos anos?

Inicialmente, 100 "wafers" de seis polegadas por semana, em um turno, com tecnologia de 0,6 microns. O número de chips por wafer depende da área ocupada por cada um, a qual, em geral, é de alguns milímetros quadrados. O aumento da capacidade de produção se dará, inicialmente, pelo aumento do número de turnos e, posteriormente, pela aquisição de algumas ferramentas adicionais que representam um gargalo na linha de produção. Mesmo assim, a capacidade de produção ainda será modesta para padrões internacionais. Mas, o mercado é suficientemente diversificado para estarmos tranqüilos em relação a nosso posicionamento estratégico e potencial de crescimento. Costumo dizer que não interessa quão pequeno você começa, mas quão grande você termina. É melhor começar pequeno e, com segurança, crescer, do que começar grande e desaparecer.

A prioridade será a fabricação de projetos próprios ou de terceiros? Da mesma forma, o que será priorizado: a parte de desenvolvimento ou de fabricação?

Os negócios da empresa são o projeto e a fabricação de circuitos integrados. Como o desenvolvimento de projetos e a fabricação demandam recursos humanos distintos, pretendemos desenvolver os dois negócios em paralelo. Quanto às prioridades, não há nenhum segredo: mercado e faturamento esperado serão determinantes em nossas escolhas.

Já existe alguma parceria em vista em termos de fabricação?

A tecnologia de fabricação será transferida da X-Fab, na Alemanha, se as negociações em curso forem bem sucedidas. Estamos discutindo preços e termos do contrato. Caso contrário, já temos outros fornecedores de tecnologia batendo à nossa porta, inclusive uma empresa de Israel.

Já há planos para a expansão da fábrica ou mesmo para a construção de outra unidade de produção no futuro?

É prematuro discutir nossos planos neste momento. Mas, é claro que não queremos que a CEITEC SA fique parada no tempo. Primeiro, entretanto, vamos colocar a fábrica em operação. Antes de correr, vamos aprender a andar.

Quais são os objetivos e metas para os próximos anos?

Equacionar os desafios da gestão da empresa, de forma a torná-la competitiva. Colocar seus produtos no mercado brasileiro e, se possível, exportar. Ocupar plenamente a capacidade de produção da fábrica e expandí-la. Subir as curvas de aprendizado de plataformas tecnológicas do "core business" da empresa. Crescer.

Existe uma projeção para alcançar ou se aproximar da média de participação dos eletrônicos no PIB já verificado nos países desenvolvidos?

A CEITEC SA é uma empresa, atuando em apenas dois dos elos da cadeia produtiva de semicondutores. Para alcançar esse nível de participação no PIB, o Brasil precisa de muitas empresas, atuando ao longo de toda a cadeia produtiva de semicondutores. O objetivo da criação da CEITEC SA é fazer com que seu efeito demonstração estimule os investimentos privados necessários para a construção dessa cadeia produtiva no país.

Qual o volume de recursos já investidos na CEITEC e os investimentos projetados para o próximo ano?

Na implantação da CEITEC SA já foram investidos cerca de R$ 500 milhões, entre investimentos na fábrica, projetos e orçamentos de 2009 e 2010. No próximo ano, entre orçamento próprio e projetos, alcançaremos a marca de R$ 80 milhões, o que para uma empresa de microeletrônica é um valor razoável.

Algo mais a acrescentar?
Se quisermos ter sucesso, teremos de ter paciência e determinação. Em tecnologia, não adianta querer queimar etapas. A subida inicial de uma curva de aprendizado é sempre lenta, mas os ganhos são permanentes e se aceleram se o trabalho for bem feito. Este é o nosso desafio enquanto empresa: manter o rumo. Sabemos onde queremos chegar, acreditamos que temos a estratégia correta de longo prazo, porém temos de ter a sabedoria de adaptar nossas táticas de curto prazo aos desafios e oportunidades que forem se apresentando. Não estamos trabalhando para os próximos seis meses ou um ano. Estamos trabalhando para construir uma empresa sólida e bem sucedida para o Brasil do século 21.

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